Lixo Urbano no Brasil
Classificação, Destino, Lixo tóxico, TABELAS ASSOCIADAS
O Brasil produz 228 mil toneladas de lixo por dia – número inferior ao dos Estados Unidos (EUA) (607 toneladas / dia), mas bem superior ao de países como a Alemanha (85 toneladas / dia) e a Suécia (10,4 toneladas / dia).
Deste total, 73% têm como destino final aterros sanitários (técnica de disposição do lixo que garante o maior controle da poluição ambiental) ou controlados (quando o lixo é coberto com uma camada de terra), enquanto 21%, ou seja, 48 mil toneladas, vão parar nos lixões a céu aberto.
O quadro revelado pela Pesquisa Nacional de Saneamento Básico 2000, do IBGE, indica uma melhora na destinação final do lixo, pois, se em 1989 apenas 10,7% dos municípios tratavam seus resíduos de forma adequada (em aterros sanitários ou controlados), em 2000 já eram 32,2%.
Quando ele não é tratado, expõe as pessoas a várias doenças (diarréia, amebíase, parasitose) e contamina o ar, o solo, as águas e os lençóis freáticos. O lixo pode também causar enchentes, por causa da obstrução de rios e córregos pelo material jogado em locais inadequados.
De acordo com a mesma pesquisa, a primeira do gênero realizada no país, as 13 maiores cidades são responsáveis por quase 32% de todo o lixo urbano e cada brasileiro, nas cidades com mais de 200 mil habitantes, produz de 800 a 1,2 mil gramas de lixo diariamente. Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnud) de 1999, do IBGE, em 1998 os serviços de limpeza e coleta de lixos municipais atingiram 92,4% das residências urbanas do país.
Classificação – O lixo pode ser classificado de acordo com sua natureza física, composição química, origem, riscos potenciais ao meio ambiente, entre outros fatores. A maior parte do lixo domiciliar no Brasil é composta de matéria orgânica e em seguida de papel, segundo o Instituto Virtual de Educação para Reciclagem. De acordo com a prefeitura de São Paulo, 73% do lixo da maior cidade do país provém das residências.
Destino – A cada dia são produzidas 4 mil toneladas de lixo pelos serviços de saúde. Deste total, 20% podem ser considerados patogênicos, tóxicos ou radioativos. Apenas 14% dos municípios brasileiros dão destino adequado ao material. O indicado é que esse lixo seja incinerado, queimado em forno de microondas ou tratado em autoclave (esterilização por meio de vapores).
Já os materiais radioativos precisam ser entregues à Comissão Nacional de Energia Nuclear. Na maioria dos municípios brasileiros, o lixo hospitalar não recebe tratamento específico e é misturado aos resíduos urbanos, o que coloca em risco as pessoas que vivem da coleta e reciclagem do lixo. Apenas no estado de São Paulo, o Instituto Pólis estima que 20 mil pessoas, boa parte crianças, sobrevivam desse tipo de trabalho.
As prefeituras que não separam o lixo hospitalar correm o risco de ser enquadradas na Lei de Crimes Ambientais.
As soluções para a questão do lixo são, segundo especialistas, a criação de aterros sanitários em locais adequados, a adoção de programas de coleta seletiva e reciclagem, a realização de campanhas de conscientização e uma maior atuação dos poderes públicos.
Lixo tóxico – Nos últimos anos tem crescido a preocupação com materiais tóxicos, como pilha, bateria de telefone celular, pneu e catalisador de automóveis, que, quando jogados fora, podem aumentar os problemas sanitários e de contaminação.
A pilha, por exemplo, deixa vazar metais, como o zinco e o mercúrio, extremamente prejudiciais à saúde. Desde julho de 1999, uma resolução do Conama responsabiliza fabricantes e comerciantes pelo destino final desse tipo de produto, depois que forem descartados pelos usuários. Além disso, surgiu nos últimos anos o problema do lixo digital.
Até o fim de 2001, cerca de 850 mil computadores ficaram obsoletos e foram trocados. Cerca de 94% de um computador é feito de peças recicláveis. Muitas peças, porém, trazem metais pesados, como mercúrio, níquel, chumbo, arsênico e cádmio, todos tóxicos.
Dos 2,9 milhões de toneladas de resíduos industriais que oferecem riscos à saúde, apenas 812 mil, aproximadamente 28%, recebem tratamento adequado, segundo a Associação Brasileira de Empresas de Tratamento de Resíduos (Abetre).
A legislação brasileira sobre o controle de resíduos industriais tóxicos, porém, ainda é muito falha, o que facilita a multiplicação de depósitos clandestinos. De acordo com a Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb), até maio de 2002 há 245 áreas contaminadas no estado de São Paulo, a maioria por produtos de origem industrial.
A própria estatal admite que o número pode ser ainda maior, já que da relação não constavam os casos mais divulgados pela imprensa, como os de Paulínia (SP) e da Vila Carioca, em São Paulo, causados pela Shell, e os de Bauru (SP), de responsabilidade da Ajax.
O governo federal implanta em 2001 a Política Nacional de Resíduos Sólidos, gerenciada pelo Conama, com o objetivo de administrar os resíduos de maneira sustentável. Isso pode ser feito pela redução do consumo, da reciclagem e da reutilização de materiais. Nesse mesmo ano, projetos de gerenciamento integrado de resíduos sólidos urbanos beneficiaram 114 prefeituras.
Deste total, 73% têm como destino final aterros sanitários (técnica de disposição do lixo que garante o maior controle da poluição ambiental) ou controlados (quando o lixo é coberto com uma camada de terra), enquanto 21%, ou seja, 48 mil toneladas, vão parar nos lixões a céu aberto.
O quadro revelado pela Pesquisa Nacional de Saneamento Básico 2000, do IBGE, indica uma melhora na destinação final do lixo, pois, se em 1989 apenas 10,7% dos municípios tratavam seus resíduos de forma adequada (em aterros sanitários ou controlados), em 2000 já eram 32,2%.
Quando ele não é tratado, expõe as pessoas a várias doenças (diarréia, amebíase, parasitose) e contamina o ar, o solo, as águas e os lençóis freáticos. O lixo pode também causar enchentes, por causa da obstrução de rios e córregos pelo material jogado em locais inadequados.
De acordo com a mesma pesquisa, a primeira do gênero realizada no país, as 13 maiores cidades são responsáveis por quase 32% de todo o lixo urbano e cada brasileiro, nas cidades com mais de 200 mil habitantes, produz de 800 a 1,2 mil gramas de lixo diariamente. Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnud) de 1999, do IBGE, em 1998 os serviços de limpeza e coleta de lixos municipais atingiram 92,4% das residências urbanas do país.
Classificação – O lixo pode ser classificado de acordo com sua natureza física, composição química, origem, riscos potenciais ao meio ambiente, entre outros fatores. A maior parte do lixo domiciliar no Brasil é composta de matéria orgânica e em seguida de papel, segundo o Instituto Virtual de Educação para Reciclagem. De acordo com a prefeitura de São Paulo, 73% do lixo da maior cidade do país provém das residências.
Destino – A cada dia são produzidas 4 mil toneladas de lixo pelos serviços de saúde. Deste total, 20% podem ser considerados patogênicos, tóxicos ou radioativos. Apenas 14% dos municípios brasileiros dão destino adequado ao material. O indicado é que esse lixo seja incinerado, queimado em forno de microondas ou tratado em autoclave (esterilização por meio de vapores).
Já os materiais radioativos precisam ser entregues à Comissão Nacional de Energia Nuclear. Na maioria dos municípios brasileiros, o lixo hospitalar não recebe tratamento específico e é misturado aos resíduos urbanos, o que coloca em risco as pessoas que vivem da coleta e reciclagem do lixo. Apenas no estado de São Paulo, o Instituto Pólis estima que 20 mil pessoas, boa parte crianças, sobrevivam desse tipo de trabalho.
As prefeituras que não separam o lixo hospitalar correm o risco de ser enquadradas na Lei de Crimes Ambientais.
As soluções para a questão do lixo são, segundo especialistas, a criação de aterros sanitários em locais adequados, a adoção de programas de coleta seletiva e reciclagem, a realização de campanhas de conscientização e uma maior atuação dos poderes públicos.
Lixo tóxico – Nos últimos anos tem crescido a preocupação com materiais tóxicos, como pilha, bateria de telefone celular, pneu e catalisador de automóveis, que, quando jogados fora, podem aumentar os problemas sanitários e de contaminação.
A pilha, por exemplo, deixa vazar metais, como o zinco e o mercúrio, extremamente prejudiciais à saúde. Desde julho de 1999, uma resolução do Conama responsabiliza fabricantes e comerciantes pelo destino final desse tipo de produto, depois que forem descartados pelos usuários. Além disso, surgiu nos últimos anos o problema do lixo digital.
Até o fim de 2001, cerca de 850 mil computadores ficaram obsoletos e foram trocados. Cerca de 94% de um computador é feito de peças recicláveis. Muitas peças, porém, trazem metais pesados, como mercúrio, níquel, chumbo, arsênico e cádmio, todos tóxicos.
Dos 2,9 milhões de toneladas de resíduos industriais que oferecem riscos à saúde, apenas 812 mil, aproximadamente 28%, recebem tratamento adequado, segundo a Associação Brasileira de Empresas de Tratamento de Resíduos (Abetre).
A legislação brasileira sobre o controle de resíduos industriais tóxicos, porém, ainda é muito falha, o que facilita a multiplicação de depósitos clandestinos. De acordo com a Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb), até maio de 2002 há 245 áreas contaminadas no estado de São Paulo, a maioria por produtos de origem industrial.
A própria estatal admite que o número pode ser ainda maior, já que da relação não constavam os casos mais divulgados pela imprensa, como os de Paulínia (SP) e da Vila Carioca, em São Paulo, causados pela Shell, e os de Bauru (SP), de responsabilidade da Ajax.
O governo federal implanta em 2001 a Política Nacional de Resíduos Sólidos, gerenciada pelo Conama, com o objetivo de administrar os resíduos de maneira sustentável. Isso pode ser feito pela redução do consumo, da reciclagem e da reutilização de materiais. Nesse mesmo ano, projetos de gerenciamento integrado de resíduos sólidos urbanos beneficiaram 114 prefeituras.