quinta-feira, 11 de julho de 2013

Lagartas preocupam produtores de feijão em Tapiramutá

Uma lagarta que cresce rapidamente, multiplica-se com velocidade e se alimenta de maneira voraz.
Na zona rural de Tapiramutá, em diversas localidades e atingindo diversas propriedades pode-se verificar a presença de lagartas que torna-se motivo de preocupação para produtores de feijão de nossa cidade. 
Segundo produtores locais, as primeiras lagartas apareceram no ano passado, mas foi só foi este ano que o ataque se tornou mais crítico. 
Alimentando-se do botão floral, a planta não desenvolve as flores e sem flores, não forma o feijão. A lagarta também pode comer outras brotações da planta ou ainda perfurar a bagem do feijão em uma fase mais avançada. De uma forma ou de outra, o ataque reduz a produtividade das lavouras, às vezes, de maneira violenta. Os prejuízos incluem o aumento nos gastos com defensivos para contenção da praga.
O problema se repete em todo o município, mas a intensidade dos ataques varia bastante de uma propriedade para outra. De acordo com visitas de campo, os Técnicos da Secretaria Municipal de Agricultura e Meio Ambiente, a helicoverpa deve provocar, nesta safra, uma queda significativa na produção do grão que desenvolve-se muito bem com os satisfatórios índices pluviométricos que impactam positivamente na agricultura e pecuária tapiramutense, depois de uma estiagem drástica no ano de 2012 e início de 2013.
Além de atacar o feijão, a lagarta também tem provocado estragos em outras culturas do município, como milho e pastagens. 
Celso Omoto, entomologista (especialista em insetos), explica que o gênero helicoverpa é tido como extremamente prejudicial a nossa agricultura. "A helicoverpa armígera foi identificada recentemente no Brasil e esse relato foi comprovado pelos pesquisadores da Embrapa e da Universidade Federal de Goiás", diz. Um dos comportamentos que fazem da lagarta uma praga tão perigosa é justamente a capacidade de se alimentar de tudo o que é tipo de lavoura.
Técnicos e autoridades não sabem ao certo quando a praga entrou no Brasil, muito menos como e porque isso ocorreu. A helicoverpa armígera pode ter vindo com mudas ou plantas importadas, pode ter migrado naturalmente e há quem acredite em uma ação criminosa contra a agricultura brasileira.
Técnicos da Secretaria Municipal de Agricultura e Meio Ambiente de Tapiramutá estão realizando visitas às propriedades que sofrem ataques dessa praga para orientar os produtores em mecanismos a serem adotados para sua contenção e/ou erradicação.








Comprometimento do grão (bagem).



Danos na planta.








Praga alimentando-se da folha do feijão.


Diversos estágios da lagarta.


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